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Socorro na hora certa salva vida de professor em Londrina

O coração ficou cerca de 20 minutos parado. O que aconteceu durante o período em que ficou “apagado”, ele não se lembra. Sabe apenas o que a família lhe falou sobre aquela noite e que segue vivo, bem de saúde e muito grato por ter sido socorrido a tempo pela equipe do SOS Unimed.

O professor Sérgio Roberto Patriota, 55 anos, sofreu uma parada cardíaca em casa, no começo da madrugada do dia 26 de janeiro, depois de passar o dia todo sentido dores no peito e muito cansaço.

Ele conta que dois dias antes do incidente, tinha voltado ao trabalho, depois de ficar afastado por conta da Covid-19. Após o expediente no dia 25, que tinha sido marcado por cansaço e dores no peito, ele passou no supermercado, na casa da filha e quando voltou para sua casa a dor no peito estava piorando. Tomou um remédio e foi se deitar. “Mas comecei a passar mal, minha mão esquerda ficou amortecida, a dor ficou mais forte”, diz.

Patriota então se levantou, trocou de roupa e chamou a esposa, que estava dormindo. Como ela não acordou, ele desceu para o térreo da casa e ligou para o SOS Unimed, relatou os sintomas e apagou durante a ligação. A partir daí não se lembra de mais nada do que aconteceu naquela madrugada. 

A sua esposa, Celma Patriota, conta que ele foi encontrado desmaiado pelo filho, que a chamou. “Quando desci, ele estava se levantando e se dirigiu até um sofá e apagou novamente”, lembra. Neste mesmo instante, a equipe do SOS Unimed estacionou a ambulância em frente à casa da família. “Eles chegaram muito rápido e na mesma hora começaram os procedimentos de socorro”, conta.

O médico intervencionista do SOS Unimed, Emanuel Gois Júnior, afirma que assim que a equipe, formada por ele, pelo enfermeiro Márcio Roberto de Oliveira e pelo condutor da ambulância e socorrista, Mario Sérgio de Almeida, entrou na casa, o paciente teve uma parada cardíaca. “Na mesma hora identifiquei e iniciamos os procedimentos para reanimação”, explica. 

Inicialmente, no chão da sala mesmo, a equipe conectou o monitor cardíaco ao paciente, o entubaram e fizeram medicação via soro. “Fizemos massagem cardíaca e percebemos que precisava dar choque, fazer a desfibrilação. O coração só voltou a bater no ritmo certo após muita massagem e três desfibrilações”, afirma o médico.    

Patriota, ainda inconsciente, foi colocado na ambulância do SOS Unimed e levado para o Hospital, onde teve uma nova parada cardíaca, dessa vez de uns três ou quatro minutos, e voltou.  No mesmo dia, o paciente passou por um cateterismo, e quando eram 16 horas, ele já estava acordado e falando. Foram quatro dias na UTI e dois dias no hospital. “Muita gente do hospital foi no meu quarto para me conhecer, ver quem era o cara que tinha sobrevivido”, conta Patriota. Ele, que é presbítero, lembra que recebeu apoio de muitos amigos e colegas.

Quando saiu do hospital ele começou a fazer o tratamento com o cardiologista. E já no começo de março, ele e a esposa viajaram de férias.  “O médico autorizou e nós fomos para Fortaleza e Belém do Pará. Ficamos 10 dias viajando”, conta. 

O professor observa que após o incidente passou adotar hábitos mais saudáveis na sua vida. “Mudei a alimentação, cortando o açúcar – comia muito doce, tomava muito refrigerante, também cortei o sal. Passei a fazer caminhada e frequentar academia”, afirma ele, que também está sendo acompanhado por uma nutricionista e um médico neurologista. 

Patriota também quis expressar sua gratidão à equipe do SOS Unimed. Antes de sair de férias, ele e sua esposa foram até a central do serviço da Unimed Londrina para fazer uma homenagem à equipe que o salvou. “Eles foram os anjos da guarda que Deus colocou no meu caminho na hora certa. Dei um abraço nos meninos e até um beijo de agradecimento no doutor”, comenta.

O médico intervencionista do SOS Unimed salienta que a rapidez no socorro fez toda diferença no resultado do atendimento. Ele estima que entre a chamada para o SOS Unimed e a chegada na casa de Patriota, a equipe levou oito minutos. “Se tivesse demorado um pouco mais, talvez não teríamos conseguido este resultado”, comenta.

O médico observa que o fato de a intervenção ter sido feita no mesmo momento em que o paciente teve a parada cardíaca também foi fundamental. “Ele não ficou com sequelas, aparentemente. As massagens cardíacas garantiram a circulação do sangue e a oxigenação do cérebro, evitando possíveis lesões cerebrais”, explica.