O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são condições neurológicas que afetam muitas crianças e adultos em todo o mundo. Embora esses transtornos possam ter algumas semelhanças, há diferenças significativas entre eles.

O TDAH é um transtorno neurológico que afeta a capacidade da pessoa de manter atenção e controlar impulsos. As pessoas com TDAH podem ter dificuldade em permanecer focadas, em seguir instruções e em manterem-se organizadas. Também é comum comportamentos impulsivos e inquietude, como falar em excesso, interromper outras pessoas e agir sem analisar as consequências.

Por outro lado, o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta diferentes áreas na vida da pessoa, principalmente na capacidade de interagir socialmente e de se comunicar de maneira eficaz. As pessoas com TEA podem ter dificuldade em entender as emoções dos outros e em expressar suas próprias emoções. Também pode haver padrão de comportamentos repetitivos e interesses restritos, como fixação em objetos específicos ou em padrões repetitivos.

As causas exatas do TDAH e do TEA ainda são estudadas, mas pesquisas indicam que fatores genéticos podem contribuir para o desenvolvimento desses transtornos.

Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).

Embora os sintomas possam ser diferentes, o tratamento envolve um trabalho multiprofissional voltado para individualidade de cada pessoas em ambas as condições.

O tratamento do TDAH geralmente envolve medicação, terapia comportamental e mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios regulares. A terapia comportamental pode ajudar a pessoa a aprender estratégias para gerenciar seu comportamento e a lidar com seus sintomas.

Já o tratamento do TEA geralmente envolve uma abordagem mais abrangente, incluindo terapia comportamental, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Os objetivos do tratamento são ajudar a pessoa a melhorar suas habilidades sociais, a comunicação e autocuidado, melhorando a qualidade de vida.

É importante procurar um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.