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Câncer de pele: conscientização e combate

Confira a entrevista completa com Bruno Pozzi, especialista em oncologia clínica, e tire todas as suas dúvidas sobre a doença

A conscientização e o combate do Câncer de Pele são fundamentais. Por isso, para tirar todas as suas dúvidas sobre a doença, os seus tipos e diversos outros assuntos, a Unimed Londrina conversou com o Dr. Bruno Scardazzi Pozzi, especialista em oncologia clínica e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e do Hospital do Câncer. Confira a entrevista!

Unimed Londrina - No que consiste o Câncer de Pele e como ele se desenvolve?

Bruno Pozzi: O Câncer de Pele aparece quando a células normais da pele se tornam células anormais. A definição de uma neoplasia maligna refere-se às células anormais que crescem de maneira desordenada, com capacidade de invadir tecidos próximos da região de onde apareceu, além da capacidade de se criar a metástase, que é a doença à distância.

UL: O Câncer de Pele apresenta dois tipos, o Não Melanoma e o Melanoma. No que consiste cada um deles?

BP: O Câncer Não Melanoma engloba vários subtipos. Os mais comuns são o Carcinoma Basocelular e o Carcinoma Espinocelular. Esse tipo de câncer é o mais frequente de todos no Brasil. Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 30% dos tumores são Não Melanoma. Ele é o que tem maior incidência, porém mortalidade muito baixa. Ainda segundo o INCA, para 2018, a estimativa era de mais de 165 mil casos de Não Melanoma, distribuídos um pouco mais para homens. Já o Câncer Melanoma representa 3% dos casos, sendo dentro das doenças de pele o que possui comportamento mais agressivo.

UL: Qual é a maior causa do Câncer de Pele?

BP: A principal causa da doença é a exposição solar, tanto a exposição, quanto a queimadura. Essa causa apresenta efeito cumulativo e quanto mais exposta a pessoa ficar ao sol, maior o risco de desenvolver o Câncer de Pele. Além disso, entra a questão das áreas mais comuns de aparecimento de melanoma, que são as comumente expostas. A pessoas de pele mais branca e de mais idade ainda são as mais sujeitas em desenvolver a doença.

UL: Como é a manifestação da doença?

BP: É razoavelmente fácil de observar o aparecimento da doença, porque existe uma área anormal na pele. No caso de Não Melanoma, essa área pode: apresentar alteração de cor (rosada ou vermelha), inchaço, descamação, sangramento, ter aparência de ferida, uma úlcera, ficar espessa ou crostosa. No Melanoma aparecem: lesões escurecidas, enegrecidas ou irregulares. Entretanto, o tipo de manifestação também depende do tipo do câncer de pele. Contudo, são essencialmente alterações anormais em uma pele que seria homogênea.

UL: Quais são as restrições de uma pessoa que apresenta a doença?

BP: Depende de quão extensa é a doença. Em relação ao Não Melanoma, essa é uma doença com potencial curativo altíssimo. É difícil encontrar uma situação que se configura como uma doença avançada que irá impedir a qualidade de vida da pessoa. Fazendo uma detecção precoce e operando, a pessoa terá uma vida normal. No Melanoma, a princípio é a mesma coisa. Se for uma doença precoce, essa pessoa irá operar e também terá uma vida normal. Agora, nos casos de doença avançada, você pode ter desde comprometimentos estéticos e comprometimentos funcionais. Tudo depende da onde a doença vai se manifestar. Especialmente na doença metastática do caso do Melanoma, ela pode limitar a pessoa por dor. Por exemplo, uma doença que está no pulmão, pode causar falta de ar. No fígado, pode causar sintomas relacionados a um fígado que não está funcionando bem. Contudo, depende de como a doença está se manifestando nessa pessoa.

UL: Como é feito o tratamento da doença?

BP: Para os casos mais precoces, o tratamento acaba sendo a cirurgia. Nos tumores Não Melanoma é raro você precisar lançar mão de alguma outra terapêutica. No caso do Melanoma, nas doenças precoces, o tratamento é cirúrgico, mas pode se envolver a radioterapia tanto para um tipo, quanto o outro. Hoje, também temos a imunoterapia, especialmente no Melanoma avançado, na doença metastática ou de alto risco.

UL: Quais são as principais dicas de prevenção que você oferece às pessoas?

BP: A prevenção é, principalmente, a proteção solar. Afinal, você quer evitar danos à pele e o dano mais comum é o solar. Então, é protetor solar, evitar as horas de maior intensidade dos raios ultravioleta e utilizar roupas para proteção. São todas as maneiras que você puder lançar mão para evitar a exposição desnecessária aos raios solares.

Não se esqueça, se verificar algum sinal fora da normalidade, não exite em buscar ajuda médica!

Gostou da entrevista? Ainda tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe aqui nos comentários!

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